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domingo, 15 de janeiro de 2012

Déjá vu

Queia ter vindo aqui na sexta falar da superstição que ronda as sexta-feiras 13, de como se há uma origem para tal facto ela reside numa lenda nórdica que diz que uma deusa da beleza de seu nome Friga ( dizem que daí veio Friada=gr , friday, sexta).Quando as tribos nórdicas e alemães se converteram ao Cristianismo, a lenda converteu Friga em bruxa.Como vingança ela começou a reunir-se todas as sextas-feiras com 11bruxas e um demónio e os treze ficavam a rogar pragas aos humanos.

Claro que isto é uma lenda e muitas mais versões existem.
Na mitologia chinesa 13, é número santo e da sorte. Mas também eles são esquisitinhos, não é?

Por cá, cada um granjeia as superstições em que acredita, desde os gatos pretos, aos três copos de água que se deitam pela janela de cada vez que se parte algo em casa, etc, etc.

Mas pronto, o dia passou, sem percalços e ontem tive conhecimento que para muitos a passada sexta-feira foi o dia de maior azar na sua vida.
Pelo menos para aqueles que de várias nacionalidades viajavam a bordo do fabuloso Costa Concordia e que sentiram ao aproximar-se demais da costa da ilha Giglio, a sua casa flutuante embater violentamente em rochas.
E daí para a frente as imagens são em tudo similares ás que ainda recordamos ver no filme Titanic.
Para aqueles que em 1997 acharam tudo exagerado, o pânico dos passageiros, a confusão dos tripulantes, os empurrões, os gritos, o convés com uma fenda enorme que começou a meter água e o navio a afundar-se.
De repente, era essa sensação de déjá vu, mas ainda pior, porque a desgraça retratada em 1997 era já de 1912 de uma viagem de inauguração que nunca havia de chegar ao destino.
E no sábado vimos a parafernalia à volta dos barcos salva-vidas (agora muito melhor gerido que no palácio flutuante que este ano faria 100 anos) e ouvimos quantos desaparecidos havia de um barco que ás primeiras horas da manhã tinha uma inclinação de 80graus.
Que pânico!
Houve erro humano, era sabido o perigo de aproximação à costa naquela zona. Porque o Costa Concordia era um colosso dos mares e submerso tinha uma elevada complexidade no casco jamais se devia ter arriscado tanto, mas...de nada adianta falar disso agora.
Para mim, foi arrepiante, coisa de filme mesmo.
Por vezes viajo numa vontade que se vem assumindo nos últimos anos de um dia fazer um cruzeiro e que agora parece estar bem mais comprometida.

Costa Concordia 

Costa Concordia 

Costa Concordia 

Costa Concordia 

Costa Concordia 

Titanic, 1912

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